A Frísia é parceira da Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Tibagi. A associação, inclusive, é
um exemplo de empreendedorismo ao transformar um desafio em 2.500 produtos
altamente rentáveis em quatro anos. Voluntários da entidade reciclam
uniformes e os transformam em itens para o lar, como o kit churrasco formado
por avental e luva. O dinheiro das vendas é repassado para a Escola Especial
Nilse Terezinha Brandalise Romel, responsável por atender 85 alunos, jovens e
adultos, portadores de alguma necessidade especial.
O apoio da Frísia tem um ano. A
cooperativa doa mochilas e uniformes recolhidos dos colaboradores. A própria
Frísia comprou 80 kits churrasco. “Esse é um projeto sócio-sustentável que recicla,
transforma e gera renda. Muito importante porque tem qualidade e mostra a
força da união das pessoas”, afirma Luciano Tonon, coordenador de Comunicação
e Marketing da Frísia.
Com início em agosto de 2015, o
projeto Virando a Camisa surgiu a partir da doação de uniformes para o bazar
da Apae. A associação já vendia roupas doadas em bazares e quermesses, porém,
apesar da boa qualidade desses uniformes, não houve procura pelos clientes.
Na churrasqueira de uma das voluntárias, então, tiveram a ideia de desmanchar
as camisas e transformá-las em outra peça, que fosse vendável. O primeiro
produto foi o kit churrasco.
A partir disso, começaram a vender as
peças em todos os eventos que participam. Atualmente, os uniformes doados,
inclusive pela Frísia, se tornam bolsas de viagem, suporte de utensílios
domésticos, tapetes, porta ferramentas e sacolas para o Natal.
São 15 mulheres voluntárias na
confecção dos produtos, que trabalham, como explica Cristina Roorda, membro
da diretoria da APAE Tibagi, “em linha de montagem”. “Recebemos as doações,
lavamos, desmanchamos, desenhamos, cortamos e costuramos. Quem não sabe
costurar, lava. Quem não lava, desmancha. Todos participam de alguma forma.
Nós aproveitamos tudo, nada se joga fora”.
O “desmanche” dos uniformes gera
subprodutos - como bolsos, colarinhos, botões etc. -, que servem para a
confecção de pesos de porta, pequenas bolsas, nécessaires, entre outros.
Com os recursos do projeto, as
voluntárias puderam investir no negócio, comprando máquinas de costura industriais
e materiais de acabamento para a produção de novas peças. Os resultados do
bazar e do projeto, após pagamento do custeio do imóvel alugado, são
destinados para a escola.
Os produtos são vendidos também em um
hotel, uma loja de calçados e na Associação Comercial e Industrial de Tibagi.
Nenhum desses pontos, no entanto, lucra com os produtos, sendo todo o valor
integramente revertido à escola.
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